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Podia ser em papel. Mas não era a mesma coisa.
Foi já há quase duas semanas que vimos "A Gaiola Dourada", mas como entretanto se meteram os dias com menos acesso ao computador, acabei por não fazer referência ao filme. É verdade que quando começou a grande operação de marketing da longa metragem não liguei muito, fiquei a pensar que seria much a do about nothing. Felizmente algumas pessoas conseguiram convencer-me a ir ver (nomeadamente a minha irmã, que viu precisamente no dia da estreia e me ligou completamente em êxtase), e fomos logo no sábado seguinte. Escusado será dizer que a minha opinião foi a da esmagadora maioria, ou seja, adorei. Achei muito divertido e ao mesmo tempo fiel à realidade daquilo que é a vida dos portugueses lá fora. A prestação de Joaquim de Almeida e Rita Blanco é extraordinária e só por si valoriza imenso o filme. É este casal que está no centro do desenrolar da história e são eles que retratam melhor a personalidade e comportamento daquele que é o típico português. Ri-me a bandeiras despregadas e emocionei-me ao mesmo tempo, já que acredito que, a brincar a brincar, é algo que acontece a muitos emigrantes: depararem-se com o dilema de regressar ou não a Portugal e, mesmo com excelentes condições à sua espera, lhes custar abandonar a vida que já construiram lá nos últimos 30 anos, com a família, os amigos, a casa, os lugares e toda a rotina diária com a qual convivem há tanto tempo. Não deve ser fácil. Só morei fora pouco menos de dois anos e ainda assim lembro-me das saudades que sentia todos os dias, tanto das pessoas como das mais pequenas coisas, como ir a uma esplanada tomar um bom café expresso, ou comer um peixe grelhado, gambas à guilho ou uma sopa, dos lugares e rotinas que nos são familiares... Tudo isto enquanto, ao mesmo tempo, me sentia lá muito bem e completamente adaptada à vida e cultura britânicas. Mas é engraçado: o simples "ouvir falar português" é um bálsamo para a alma, e aproxima-nos um bocadinho mais daquilo que é nosso. É por isso que os portugueses (e qualquer outra nacionalidade) se descobrem e se juntam em "comunidades" sempre que estão longe. Fala-se e ouve-se português, revive-se e mata-se a saudade da cultura que, quer se queira quer não, é a nossa e que já trazemos gravada quando nascemos. Costuma dizer-se que só quando estamos longe conseguimos valorizar aquilo que temos, e isso é bem verdade. Experimentem ficar sem comer bacalhau e outras iguarias durante não sei quantos meses e logo me contam como é.
Hoje foi dia de mudar a cor do verniz, já a pensar no fim de semana grande. Uma das marcas que descobri este ano foi a Rituals (quer dizer, já conhecia, mas apenas os cremes e companhia limitada), que lançou vários produtos de make-up que já tive oportunidade de experimentar e cuja qualidade está acima da média, tendo em conta o preço, que é bastante acessível. Os vernizes são ótimos e a durabilidade também: resistem sem lascar mesmo depois do teste do lava-louça. Esta cor é uma das que me enviaram este ano, a sea green, mas tenho também um azul mais escuro, o sky line, que vai bem com a próxima estação. Doida por azuis e esverdeados como sou, são dos meus tons favoritos.