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Podia ser em papel. Mas não era a mesma coisa.
Sou doida por livros de receitas. Quando sai alguma novidade vou a correr agarrá-la, e é uma secção das livrarias onde normalmente me perco. Adoro as receitas, as ideias, as fotos... Cá em casa tenho imensos espalhados pela sala, cozinha e arredores: alguns muito recentes, outros nem tanto e outros que pertenceram à minha mãe. Quando preciso de inspiração, tenho sempre bastante material a que recorrer. Posso passar horas a folheá-los, vezes e vezes sem conta. É uma tara que começou há uns anos e que desconfio que vá durar muitos mais.
A propósito disto, o meu adorado Gordon Ramsay lançou mais um, que vem direitinho para a minha casa assim que lhe puser as mãos em cima.
Para quem ainda não sabe o que me oferecer no Natal, fica a dica!
«Enquanto chef, trabalho a mil à hora, mas quando estou em casa, gosto de abrandar. Deixo a minha bata de cozinheiro no trabalho e entro num cenário doméstico, onde tudo é completamente diferente. Em casa, a nossa cozinha é usada por toda a família e é um espaço de relaxamento. Muitas pessoas encaram a culinária como uma obrigação, mas nós acrescentamos-lhe um elemento de diversão.»
Gordon Ramsay.
"Cozinhar para os Amigos (Bertrand Editora, 24,40€) reúne mais de 100 receitas que o famoso chef gosta de preparar e comer com os amigos e a família. Receitas simples e clássicas, mas sempre com o toque inconfundível e original de Ramsay."
Sempre fui fã do Halloween, e esse gosto acentuou-se durante os anos em que vivi em Inglaterra e em que festejava a ocasião com pompa e circunstância. Ainda hoje continua a ser uma data a que acho imensa piada e todos os anos acabo por comprar uma ou outra peça alusiva ao tema, para marcar o dia.
A Springfield lançou estas novidades a pensar no dia (ou melhor, noite) de amanhã. Adoro tudo, mas a do morceguinho é um must!
T-shirt caveira em renda 15,99€
T-shirt morcego 12,99€
Também adorei estas gracinhas para oferecer às meninas... Bem melhor do que doces!
Lip balm 4,99€
Na semana passada, às 29 semanas, pesava 1,800 kg, e estava no percentil 90. Além disso, já deu a volta (e até acho que sei quando foi, porque nesse dia senti-me mal e até afrontamentos tive). Isso quer dizer que está tudo encaminhado para que o parto seja natural, embora já tenha percebido que por aí vem um bebé já quase criado... Medo!
Agora vamos ver se assim se mantém!
Tudo começou numa tarde nos Armazéns do Chiado. Quando contei à N. que estava grávida, já cheia de sentimentos de culpa por lhe ter, vá, omitido esse facto por diversas vezes, sempre que ela me perguntava novidades sobre o assunto (no fundo, no fundo, ela já devia saber), e depois da enorme festa que fez, sentámo-nos os quatro numa mesa na zona de refeições: eu, ela, e dois llaollao (para quem não sabe, são aqueles maravilhosos gelados de iogurte, que eu amo desde o primeiro dia em que experimentei). A meio da conversa, que obviamente tinha de ser sobre o mais novo assunto do dia, e entre saborosas colheradas de gelado, saca-me da mala um bloco de notas e uma caneta. "Vamos começar a fazer a lista dos nomes!" Eu estava convencidíssima de que era um menino, desde o dia em que fiz o teste caseiro e vi o tal risquinho bem marcado (só demorou uns 4 segundos a aparecer, por isso nem foi preciso esperar os tais 3 ou 4 minutos), por isso nem queria pensar em nomes de menina, não valia a pena. "Vai ser uma menina, eu sei", afirmou com uma certeza que não me convenceu. Temos a mania que a intuição de mãe começa logo a funcionar, e talvez precise de uns ajustes até estar bem afinada e operacional.
Pusemos então mãos à obra e à medida que me ia lembrando de possíveis opções, ela ia escrevinhando em duas colunas, uma para menino e outra para menina. A de menino era muito mais completa, pelas razões óbvias. Para menina tinha alguns nomes preferidos já há algum tempo, mas sabia que o pai não ia muito à bola com eles. Aqueles que o pai tinha eleito também não me agradavam particularmente, não por não serem bonitos, mas por serem muito banais. Por isso a N. recorreu à lista de contactos do telemóvel para termos mais opções. A maioria foram rejeitadas, mas houve mais duas ou três que passaram no teste. Quando terminámos a busca, entregou-me o precioso papel, que trouxe guardado entre as páginas da agenda.
Nessa noite partilhei a lista com o pai. Comecei por enumerar os nomes de menino, por achar que os de menina não chegariam a ser necessários. Alguns ele já conhecia e aprovava, outros nem por isso. Quando passei à coluna de menina, ouviu todos, impávido e sereno, sem demonstrar particular inclinação por nenhum deles. Exceto quando disse o "tal", e de repente foi como se tivesse acontecido um 'click', e os olhos brilharam. "Gosto desse!" Foi a primeira vez que realmente vi nele uma reação tão especial e entusiasta em relação a um nome, e já tinhamos falado em dezenas deles, ainda antes de engravidar. Achei engraçado, porque eu própria também gostava muito do mesmo, e provavelmente nem era um nome de que me tivesse lembrado, caso não tivessemos feito a tal lista. Enquanto o de menino ficou ainda muito indefinido, este nome especial ficou logo no primeiro lugar da lista para menina, mas sinceramente nunca pensei que fosse possível usá-lo... Até ao dia em que soubemos que sim, quem estava a caminho era mesmo uma flor. A nossa Margarida. Já não havia dúvidas, estava mais que decidido.
E foi assim que se deu a escolha do nome... Não tem grande história, não é um nome em que pensasse desde a infância, nem foi herdado de nenhum membro da família. Simplesmente é um nome de que ambos gostamos muito, que corresponde a certos padrões que procurava, e que achámos que assenta que nem uma luva na nossa bebé. Só espero que ela venha a gostar tanto dele como nós.
A aventura começou pela Ilha do Sal. É uma das ilhas de Cabo Verde onde o turismo está mais desenvolvido (e quando digo desenvolvido, temos de ter em conta que falamos de África), muito devido à extensão de belas praias por toda a ilha, a sua maioria desertas, embora a Praia de Santa Maria seja uma das preferidas por ser menos ventosa e ter menos ondulação. É verdade que o mar costuma ser calmo, mas pudemos testemunhar que basta levantar um pouco de vento para que o mar se agite ao ponto de impedir que saiam barcos dos pontões. Geralmente isto só acontece no inverno, mas infelizmente apanhámos um dia em que isso também aconteceu. Tinhamos uma viagem de submarino marcada e tivemos de a cancelar, porque era impossível conseguir entrar no barquito que nos transportava até ao dito cujo.
Este mês (outubro) é realmente um dos melhores para visitar o Sal, por ser normalmente menos ventoso e não tão propício a aguaceiros e chuva. A ilha é conhecida por ser muito pequena e árida (cerca de 30 quilómetros de extensão), e a paisagem faz de facto lembrar a superfície lunar, por ser um território deserto onde não se vê vivalma fora dos centros e durante a maior parte da viagem. A paz e a tranquilidade dominam. Um dia chega para conseguir ver as principais atrações da ilha: a Buracona e o Odjo Azul, as salinas de Pedra de Lume, Espargos, que é a capital, as lojinhas e os restaurantes de Santa Maria, e o ex-líbris (pelo menos para mim), a praia de Santa Maria. Decidimos alugar um carro e um dia chegou perfeitamente para ver toda a ilha, sem pressas e por caminhos meio acidentados e estradas de terra batida (noutro post coloco mais informação sobre estes pontos principais). É impossível uma pessoa perder-se. Em primeiro lugar, estamos numa ilha; o máximo que pode acontecer é a estrada ir dar ao mar e termos de fazer marcha à ré. E em segundo lugar, é minúscula. Num piscar de olhos está tudo visto e acabamos por ir dar ao ponto de partida.
A temperatura é constante durante todo o ano (20-25º, em média), mas sinceramente o calor pareceu-me demasiado agressivo quando a brisa não ajudava, provavelmente devido à minha condição de grávida. Na praia e na piscina, só mesmo à sombra da bananeira. O sol começa a brilhar a partir das 6h da matina, e mesmo que esteja nublado, o escaldão é perigo iminente. Protetor solar 50+ é essencial, mesmo estando sempre à sombra, porque o vento do deserto não perdoa. Vi grandes lagostas a passearem-se pela praia e pela piscina do hotel, sem noção nenhuma do mal que estavam a fazer à pele. O sol não se faz sentir como em Portugal...
Confesso que me apaixonei pela praia de Santa Maria desde o primeiro minuto. A água é transparente e quente, e a areia fina brilha sob o sol abrasador. Ao contrário do que esperava, está praticamente vazia e por isso consegue-se mesmo descansar. Nada de gente aos berros nem de zonas super populadas. Adorei, mesmo! Já não gostava tanto de uma praia desde a nossa saudosa Tailândia...
Depois disto, o ideal é mesmo aproveitar o hotel e a praia. O Sal é ideal para descansar precisamente por isso: depois de visto o principal, não há mais pressão para termos de acordar cedo e fazer roteiros turísticos. A comida é em geral boa, muito peixe e bom marisco (e barato!), apesar de não ter podido usufruir à vontade de todas as iguarias, apenas porque não queria arriscar, embora o médico não me tivesse dado qualquer recomendação especial, para além da água. Não se deve beber água da torneira, nem mesmo utilizá-la para lavar os dentes, para não dar a volta à tripa. A água é dessalinizada, ou seja, é basicamente água do mar à qual retiram o sal, e portanto quem não está habituado vai muito naturalmente sofrer as consequências. Ah, e muita atenção ao gelo, claro... Apesar de apetecer bastante, há que evitar. Consegui não ter qualquer desarranjo intestinal à conta dos meus cuidados, e o único problema que tive, por culpa dos ares condicionados, foi mesmo uma bruta dor de garganta e nariz entupido que não me deixaram dormir uma noite inteira. Felizmente, depois de atacar com Benuron e Actifed, só durou um dia e senti-me logo melhor passadas 24 horas.
É seguro passear no Sal, e em Santa Maria (zona onde ficava o nosso hotel), mesmo à noite. O único problema são mesmo os vendedores senegaleses que podem ser muito chatos, mas não passa disso. Temos de dizer que não e ser firmes, sem olhar para trás, caso contrário já não nos largam. Santa Maria tem alguns restaurantes e esplanadas muito giros, ao jeito europeu, e em termos de lojas basicamente tudo se resume ao artesanato. É uma questão de se dar uma vista de olhos caso algo chame a atenção, mas regatear SEMPRE. Se eles quiserem vender, vão aceitar o preço mais baixo, se não, na loja seguinte hão de encontrar o mesmo artigo, e quiçá consigam levar a vossa avante. O importante é mesmo saber procurar as pechinchas, eles acabam por ceder, porque também sabem que não são os únicos a vender X ou Y...
O lema principal do Sal (e de Cabo Verde em geral) é 'No Stress'. O ritmo da ilha é "devagar, devagarinho", e isso nota-se em tudo, inclusivé na velocidade com que somos servidos, seja num restaurante, seja num hotel. A simpatia e a humildade são traços muito comuns, e por isso quem visite o Sal deve ir preparado para lidar da melhor forma com os imprevistos, ou com algo que corra menos bem. Não vale a pena stressar, porque eles realmente estão a fazer o melhor que podem e sabem (na maioria das vezes). A ilha vive do turismo, e como tal eles tentam agradar ao turista o máximo possível - não que o consigam sempre, mas em Santiago isso é mais flagrante (lá iremos noutro post).
E aqui ficam algumas fotos do primeiro dia na ilha!
Praia de Santa Maria
Hotel Oásis Belorizonte, em Santa Maria
Centro de Santa Maria
Pontão de Santa Maria à noite
Lojinhas no centro
Centro
De volta ao hotel, e a pedir um chazinho para a dor de garganta!
O dia 15 foi um dia cheio. Marquei mil e um compromissos e depois andei a correr de um para outro, atrasada, claro, na maioria das vezes. Mas gostei de não ter tido tempo para parar e pensar, "Hmmm... já estou mais perto dos 40!" Em vez disso decidi fazer uma mudança radical e dei um grande corte no cabelo. O marido ficou em choque, mas eu sinto-me lindamente. O comprimento era tanto que já nem conseguia mantê-lo solto, sobretudo agora que começo a sentir os afrontamentos do último trimestre da gravidez! E, já dizia a minha rica mãezinha, "Para que queres cabelo comprido se andas sempre com ele atado?" Exatamente. Agora está pelos ombros e não me lembro de o ter tão curto já há alguns anos. E está esticado, o que significa que quando os caracóis voltarem vai levantar um pouco mais... Mas não faz mal! Vai voltar a crescer, e uma mudança é sempre uma lufada de ar fresco. Sentia-me super pesada (e não pela razão mais óbvia), e agora com um novo look até vejo a vida com outras cores.
Depois do almoço em família, que foi giríssimo (comi um robalo grelhado que estava uma delicia), passei na Maria Pestana para a manutenção das minhas pestanitas - agora estão mais cheias e ainda mais dramáticas! Adorei! Isto em combinação com o novo corte pôs a autoestima dos 31 lá em cima. Depois cheguei atrasada ao lanchinho com as meninas - foram quase entradas do jantar. Mas foi muito bom aproveitar aquele bocadinho para estar com elas, ainda que tenha sabido a pouco! A seguir fomos à aula do curso pré-parto que perdemos na semana passada, a que falou sobre amamentação. Algumas teorias já conhecia, outras foram novidade. Acho que depois do curso pré-parto vou parar por aqui no que diz respeito às leituras e aos workshops. Quero mesmo é a prática, já tenho a cabeça cheia de um completo manual de instruções de bebés. Só falta dar-lhe uso.
O dia terminou com um jantarinho de sushi, que já não comia há séculos e soube lindamente. Só chegámos a casa perto da meia-noite. O dia passou num instante, tal como o ano, mas foi muito feliz. E agora o que aí vem será ainda melhor.