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Podia ser em papel. Mas não era a mesma coisa.
É engraçado como de repente deixei de fazer das expedições aos centros comerciais uma maratona de compras para mim, para o marido ou para a casa, e passei a comprar 99% das coisinhas para a bebé. Sim, vou comprando uma coisinha ou outra para mim, que sabe sempre bem, mas apenas se gostar muito (também não sou de ferro).
Sempre senti alguma compaixão para com as mães que diziam que a partir do momento em que engravidavam deixavam de comprar coisas para elas e passavam a gastar todos os euros em mimos para o/a filho/filha, e achava que se isso me viesse a acontecer me ia sentir muito triste. Mas agora percebo que não é nada assim. Neste momento a coisa que me faz mais feliz é fazer o enxoval da minha menina e imaginá-la a usar as roupinhas que tenho escolhido com tanto carinho. Não me aborrece nada estourar o orçamento em coisinhas para ela, dentro de certos limites, é claro, e a felicidade que sinto é incomparável à que tinha quando eram simplesmente mais um par de sapatos ou mais uma carteira para mim. Porque, afinal, se ela é parte de mim, estes "presentes" também são para mim. É como se tivesse percebido finalmente que já tenho os armários a abarrotar de roupa (90% da qual não uso) e de mil e um acessórios e bugigangas, e que quem mais precisa agora é ela. Tudo aquilo que compro para a minha filha, seja um par de meias ou um candeeiro para o quartinho, é com um gosto e satisfação imensos, que não dá para explicar. Eu sei que não dá, porque antes eu também não entendia. Enfim. O consumismo não desapareceu: ganhou um novo target. Pelo menos por enquanto!
Ser mãe também deve ser isto, então.