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Podia ser em papel. Mas não era a mesma coisa.
Na sexta-feira consegui dar uma fugida e ir ao cabeleireiro. Estava definitivamente precisada de um corte e de um banho de cor e brilho. Aproveitei e fiz as unhas, que já não viam cor desde sei lá quando. Deixei-a em casa com o papá, juntamente com mil e trezentas recomendações, e lá fui. Foi a segunda vez que me separei dela por algumas horas. Foi estranho, mas ao mesmo tempo soube bem depois chegar a casa e poder matar saudades, já de autoestima renovada e com um look recauchutado. Ah, e completamente a par das fofocas das revistas cor de rosa, coisa que só consigo fazer quando lá vou e devoro todas as cusquices. E quanto piores, melhor (digo eu). Cabeleireiro sem cusquices dos pseudo-famosos não é cabeleireiro.
Hoje a Magá vestiu o seu primeiro fofo, um xadrez em tons de azul bebé, vermelho e cinza, que comprei há uns meses na Maria Gorda. Amei. Ficou, tal como o nome indica, uma fofa. Além disso aproveitou para estrear uma touquinha vermelha que a tia D. fez para ela, e deu uns ares de Capuchinho Vermelho em versão mini mini. Ainda não descarreguei as fotos para o computador, mas quando conseguir partilho o outfit, ficou o máximo. Estou a ficar doida com a baby fashion, nos saldos fiz imensas compras de vestidinhos para ela usar no verão, e ando em pulgas para lhos vestir. Agora de inverno chateia vesti-la toda pipi, e depois ter de a tapar até às orelhas com o cobertor dentro do ovinho. Ninguém a consegue ver - nem nós. Bahhh! É triste ser um bebé de inverno!
O fim de semana de descanso acabou mesmo por ser adiado à conta do temporal. Achámos que não valia a pena ir passear com ela se tivessemos de enfrentar ventos de 180 quilómetros por hora e chuvas torrenciais, e fossemos obrigados a ficar reféns no hotel. Enfim. Felizmente parece que esta semana o sol vai dar ares da sua graça, apesar do frio ter chegado também em força, mas preferimos assim. E lá iremos finalmente! Alentejo, nos aguarde!
Durante toda a gravidez me disseram para aproveitar cada momento, porque ia passar depressa e depois iria sentir saudades da barriga. A verdade é que desde o dia em que vi o tal risquinho no teste de gravidez que anunciava a vinda da minha boneca até ao dia em que a pude segurar nos braços foi um fósforo. Nem consigo acreditar que já passei por aquilo que mais temia, o parto e a recuperação, e que superei com sucesso a etapa da amamentação e os primeiros dias de adaptação à bebé. Tem corrido tudo lindamente, e fora algumas birritas de sono ou de fome que faz às vezes durante o dia, porta-se muito bem e se não a acordar para comer à noite, nem dá ares de si.
Ainda nem estava grávida, nem tal me passava pela cabeça, e já a amamentação era algo que me metia medo. Apesar de ter ouvido verdadeiros filmes de terror sobre o que era amamentar e das coisas horríveis que poderiam acontecer, desde mamilos macerados a mastites, a subida do leite foi algo que me atormentou durante meses e que afinal não passou de uma ligeira tensão na mama que me custou, mas apenas durante uma noite, estava ainda na maternidade. Felizmente com a ajuda de uma das enfermeiras consegui superar essa fase e no dia seguinte já nem sentia nada, ao ponto de achar que aquilo nunca poderia ser a subida do leite, e que o pior ainda estava para vir. Mas não! As febres, as dores intensas, o calor, etc., não passaram por mim... Mais uma situação da maternidade em que fui uma grande felizarda. O único problema (que não é problema) é que ainda no recobro me aconselharam a usar os famosos mamilos de silicone para a ajudar a pegar na mama, e agora não consigo largá-los: primeiro porque ela tem mais dificuldade em reconhecer a mama sem o auxílio deles e começa a chorar porque não consegue mamar tão facilmente, e depois porque das vezes em que insisti e que ela realmente mamou durante alguns minutos, fiquei absolutamente dorida e depois quase nem conseguia sentir a roupa sobre o peito... Resultado: desisti e voltei à estaca zero e fui buscá-los de novo. Mas melhor assim do que não dar de mamar de todo. Enquanto estava grávida e depois de me informar sobre o assunto, decidi que fazia muita questão de amamentar e tinha pavor de que algo corresse mal e me fizesse desistir. Queria dar de mamar, mas não era à custa de lágrimas, sangue e dores agudas... Felizmente tudo não passou de um ligeiro desconforto, e posso dizer que está a correr muito bem e que adoro dar de mamar. É de facto um momento mágico que só nos pertence às duas, e é engraçado ver como ela reage quando percebe que está na hora da maminha. Faz uma expressão de contentamento que dá gosto de ver! E quando olha para mim, muito atentamente de olho muito aberto, enquanto mama, parece que quer conversar. Só me custa mais de noite, porque me sinto uma zombie quando o despertador toca, mas de todo o modo ela já faz seis horas sem comer, o que já me permite descansar muito mais do que ao início, e em breve poderá fazer mais ainda. Ah, e também é uma grande pastela para comer - demora muito tempo, não sei se é o mimo a falar mais alto, ou se é mesmo ela que é lenta à hora da refeição.
Neste momento, ela está a leite materno + suplemento ocasional (só quando parece ter fome e sempre depois de mamar primeiro, já que eu não tenho leite para dar e vender, como muitas mães têm). No início custou-me imenso ceder porque queria que ficasse a leite materno exclusivo o máximo de tempo possível, mas teve mesmo de ser porque os aumentos de peso que tinha nas primeiras semanas eram insignificantes. Ela chorava com fome e como os intervalos eram muito curtinhos, para tentar que ela ganhasse mais peso mais depressa, a mama não tinha sequer tempo de encher. Assim percebi que, apesar de ela demorar séculos a mamar, eu praticamente não tinha leite. E pronto, a pediatra aconselhou e tive mesmo de passar a incluir o leite artificial de vez em quando, em jeito de sobremesa. E foi assim que desatou a ganhar peso e estabilizou como devia. Neste momento está ótima, adora comer e não foi por ter bebido o LA que deixou de adorar mamar (o que era, no fundo, o meu maior medo - que ela depois rejeitasse a mama).
Afinal, isto não é tão difícil quanto me venderam. Dois meses passados (praticamente), acho que tive mesmo muita sorte. Espero que continue assim.
Apesar de ter feito belas compras nestes saldos, tanto para mim como para ela, já ando de olho nas coisas da nova coleção, claro. Experimentei um blusão preto em imitação de pele na Mango que esteve mesmo a vir para casa comigo, mas depois decidi pensar melhor, não vá ainda chegarem mais peças de que possa gostar mais. Mas acho que aquele tinha qualquer coisa especial. Dava-me o ar de "bad ass girl que estacionou a mota lá fora" que nunca tive. E o preço também era em conta. Na próxima visita sou capaz de não resistir.
Estamos a fazer um cursinho de massagens para bebé aos sábados de manhã no Pontofisio, e ela tem-se portado lindamente durante a hora em que lá estamos. Quando me inscrevi ainda pensei que me ia sair o tiro pela culatra e que ela ia ficar irritada e aborrecida ao fim de poucos minutos e ia brindar-nos com a sua própria banda sonora, mas não. Fica ali sossegadinha, a receber as massagens, tal qual estivesse num Spa. Até agora só não gostou muito de um toque específico nos pés - não sei se por ter cócegas ou por ser mesmo desconfortável para ela - mas de resto tem adorado. No sábado passado até tirámos umas fotos durante a aula, e em algumas parece mesmo uma boneca Nenuca, ali na maior deitada no seu colchaozito. É engraçado porque aquilo deve mesmo saber-lhe bem, e por isso percebe-se que fica relaxada com aquela manipulação e com a música. Hoje temos a terceira aula, vamos ver se continua a portar-se bem e sem borrar a pintura.
Assim em jeito de comemoração do Dia dos Namorados/dois meses da Margarida/outra mudança importante na nossa vida (que ainda não posso contar)/oportunidade para descansar, no próximo fim de semana vamos laurear a pevide para o Alentejo, para um hotel que já queríamos visitar há uns tempos. Vai saber que nem ginjas, e vou aproveitar para fazer uma massagem no Spa, já que as minhas costas estão num estado lastimável desde dezembro. As mudanças de fralda feitas na cama e no sofá da sala são ótimas para deixar uma pessoa entrevada. O móvel que está no quarto dela tem a altura ideal, mas como neste momento ainda não o usamos (porque está frio e não vale a pena ligar o ar condicionado só para mudar fraldas em dois minutos), tenho de me dobrar todo o santo dia. Isso e de andar com ela ao colo. E ela ainda só pesa quatro quilos e meio! Nem quero pensar quando começar a descambar por aí fora.
A escapadinha foi ideia do marido e eu adorei, já que com este belíssimo tempo que fevereiro nos tem oferecido mal tenho saído de casa com ela e sinto que ela está saturada (e eu idem). Estou ansiosa pelo verão, ou pelos dias amenos que a primavera traz, não só porque vamos poder passear mais com ela, mas também porque o sol e os dias com mais horas de luz me revigoram a alma. Não me importo com o frio, o que me aborrece de morte é mesmo a chuva e o vento. E, para ela, sair de casa em dias de temporal está fora de questão. Não quero que ela se constipe e se puder evitar ao máximo expô-la a dias destes, melhor. Só que o resultado depois é que ficamos as duas com cara de peru em véspera de Natal, a contar os ladrilhos do chão da sala. Não me sinto nada aborrecida de passar os dias com ela (aliás, na segunda-feira vou ter de me ausentar por umas horitas por uma questão profissional, e já estou a panicar porque ainda não me separei dela por um segundo desde que nasceu), o que me chateia mesmo é não poder sair de casa com este tempo. Fosse verão e a conversa seria outra!
O que me anima é que fevereiro é curtinho, e em março chega a tal da prima, a Vera. Nos entretantos, vamos desfrutando de lugares como este em mini-breaks.