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Podia ser em papel. Mas não era a mesma coisa.
9 meses de Margarida. Não há palavras para explicar o que sinto quando olho para ela, quando ela me oferece aquele grande sorriso, uma das suas gargalhadas, ou um abracinho apertado. Repito vezes sem conta, em pensamento: "não há dinheiro que pague". E não há mesmo. É tão cliché dizer a quem não tem filhos que é maravilhoso, que não há coisa melhor, que nada se compara, bla bla bla. Mas pronto: pessoas que ainda não contribuiram para a taxa de natalidade, fiquem sabendo que é mesmo.
A cada dia este amor vai crescendo, crescendo, e mesmo quando pensava que já não conseguia amá-la mais, no dia seguinte, quando a vou buscar à cama e ela estica para mim os seus bracinhos, também o meu coração estica mais um bocadinho. Neste momento está de tamanho XXXXXXXXXXXXL , e nem imagino o quanto ainda terá para crescer ao longo dos anos. Quando ela nasceu e a vi pela primeira vez, pensei que já a amava tanto... mal sabia que esse amor ainda estava só a começar. Pode mesmo ser assustador, e é. Todos os dias são uma alegria, uma surpresa. Cada fase nova é uma excitação, cada descoberta que ela faz e cada marco que alcança são motivos de orgulho. Mesmo nas coisas mais pequenas celebramos a vivacidade e a esperteza, que a cada dia que passa vão também aumentando. E mal posso esperar por viver com ela todas as fases que ainda estão por vir. Sinto um entusiasmo enorme só de pensar, por exemplo, no dia em que der os primeiros passinhos, ou no seu primeiro dia de aulas. Antes de ela nascer não sabia o quanto me fazia falta, e agora percebo que não sei viver sem ela. Depois de sermos pais reencontramo-nos enquanto seres humanos, e percebemos qual era afinal o nosso propósito, a nossa Missão.
E mais outra gracinha, a novidade de hoje: começou hoje a bater palminhas. Sozinha, do nada, depois de eu ter andado meses a tentar ensiná-la, de repente decidiu-se. Agora está entusiasmadíssima e não pára. Suponho que para celebrar os 9 mesitos...