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Podia ser em papel. Mas não era a mesma coisa.
Muita gente já sabia, mas fui deixando passar o máximo de tempo possível antes de anunciar ao mundo a chegada do/a nosso/a primeiro/a menino/a Jesus em dezembro deste ano. Não sei explicar mas há sempre aquele nervoso miudinho de que algo corra mal, talvez pela quantidade de desgraças que se ouvem por aí, e assim sendo deixei que os resultados dos exames fossem chegando sem indícios de problemas antes de distribuir precocemente a minha felicidade entre os amigos.
Depois há outro ponto, que não sei se outras grávidas já viveram, que é o facto de ter demorado algum tempo até me sentir realmente em estado de graça. Pronto, processem-me, mas é a primeira vez que estou grávida (Grávida? Quem? Eu?? Ahh, sim...), e até há pouquissimos dias, se tentasse disfarçar com roupa larga, quem olhasse para mim pensaria no máximo que precisava de comer mais iogurtes daqueles que a Fátima Lopes anuncia. Mas agora que vou devagarinho a caminho dos cinco mesitos e vejo o meu reflexo no espelho (de lado, se estiver de frente ainda engana) já não restam dúvidas. Ele/a está mesmo aqui e está a crescer, a cada dia mais!
A eco das 12 semanas foi a mais emocionante, claro, e também ajudou a colocar-me no mood mamã - as duas anteriores tinham-me deixado preocupada. Não por medo de que alguma coisa estivesse errada com o bebé, mas sim comigo. Toda a gente me dizia que se comovia, que chorava, que o diabo a quatro, e eu achei aquilo mais aborrecido do que as tardes de domingo da RTP1. Pronto, basicamente não se via absolutamente nada, era uma escuridão imensa e a todo o momento fiquei à espera que a criança acendesse a luz para deixar ver alguma coisa de jeito. Mas nada, na primeira só negro e algum nevoeiro, na seguinte o mesmo e uma espécie de ser semelhante a um girino perdido lá pelo meio. Zero emoção. Sim, deu para ouvir o coração, mas lá dentro não se passava nada de interessante, portanto limitei-me a olhar para o ecrã e a fingir que estava a perceber o que estava a ver, tentanto mentalizar-me de que aquele girino era um bebé. Mais do que isso, o MEU bebé! Já na terceira, pronto, aí sim, o programa teve mais animação. Conseguimos ver que afinal eramos mesmo pais de uma futura criança e não de um sapinho (o que até nem calhava mal, visto que tenho para lá perdido no sótão um aquário para tartarugas que daria imenso jeito para o pôr), vimos a cabeça, as mãozinhas, as perninhas... Não deu para contar os dedos, mas pelo menos a cabeça, os membros e o tronco estavam lá. Ah, e muito importante, não esquecer: também tinha cérebro. Segundo o querido Dr. Amado, as medidas estavam todas dentro dos parâmetros, e depois de ouvir isso e de poder vê-lo com mais definição, um ser que nós fizemos, numa excitação tal que não parava de se mexer, qual coreografia de dança cuja música só ele ouve (seu "doidjo", como a mãe!), ok, posso dizer que fiquei realmente emocionada. Não me deu para chorar, não, mas para rir. Adorei e sei que vou adorar ainda mais as que estão para vir.
Tem sido uma gravidez santa, tirando os primeiros três meses de vómitos, mas que já passaram - nem sequer tem sido preciso recorrer ao Nausefe, o que sempre me faz menos sono - sinto-me ótima e cheia de força, faço o treino normal no ginásio, menos correr, claro, na condição de que se me sentir desconfortável a fazer algum exercício, parar imediatamente. Por agora, nada a apontar! Estou a desfrutar das maravilhas do segundo trimestre e prontíssima para enfrentar o terceiro, que já sei que é mais complicado. Mas nada de stress, porque daqui ao Natal é um tirinho.
Legenda da foto: barretinho handmade pela tia Dora (primeiro presente), ratinho Zara Home, e babygrow tuc tuc, oferta da tia Lila. :)