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Podia ser em papel. Mas não era a mesma coisa.
Aproveitar todos os momentos, porque são preciosos.
E perder algum tempo a registá-los com a máquina ou iPhone, obviamente.
Braçadas na piscina do condomínio.
Leitura do momento.
Sobremesa.
Com o seu adorado Kikinho. (KikoNico da Imaginarium)
Em Ayamonte, numa tentativa de fuga. (vestido Zara Kids, saldos)
Pôr do sol. (fato de banho de favos Anjinho Gordo)
A brincar aos governos gregos. (fato de banho de favos Tea Time, touca comprada numa lojinha na baixa de Setúbal)
A preparar-se para comer peixinho grelhado. (vestido Chicco)
Amo esta selfie :)
(chapéu de abas largas reversível hand-made comprado numa feirinha em Tavira, fato de banho Tea Time)
(chapéu de abas largas reversível Maria Concha, top aberto nas costas Myu, tapa-fraldas Pipinhas & Cia, sapatos Chicco)
Já ando a sonhar com as férias. Em breve teremos o mini-break da Páscoa, mas em princípio não devemos ir muito longe, a não ser para aproveitar e visitar os tios e primos queridos de Águeda, que já não vemos há um ano, mas será coisa para ir e vir no mesmo dia. Os restantes dias serão passados em família a aproveitar o bom tempo (fingers crossed!), já que as semanas são sempre complicadas, a filha praticamente não vê o pai e quanto mais tempo de qualidade tivermos a três, melhor. Estou mesmo ansiosa é por junho, quando iremos para fora uma semana, mais precisamente para Tavira. Já escolhemos um apartamento num condomínio privado, que tem piscina para a Margarida se divertir ao final do dia, depois da praia. Acredito que estas férias serão muito mais divertidas que as do ano passado, já que ela irá interagir mais e apreciar mais tudo o que a rodeia, toda a rotina de praia, os almoços e jantares de peixinho grelhado, enfim... Queria ir dormir e acordar quando as temperaturas já rondassem os 25º, pelo menos!
Pronto, não basta terem-se acabado as férias, ainda tinhamos de levar com este tempo de outono antecipado. É verdade que ainda deve vir calorzinho bom, mas esta chuva é deprimente. Ainda por cima está calor, como tal não sabemos o que havemos de vestir e calçar. Sempre me lembro de usar manga curta no meu aniversário (15 de outubro), por isso calculo que isto seja chuva de pouca dura, mas ainda assim não "habia nexexidade".
Quanto às férias, não podiam ter sido melhores. Porto Santo é lindo, um santuário para quem adora praia e atividades ao ar livre. Vi praias lindíssimas, como até hoje só tinha visto em Omã, na Tailândia e em Cabo Verde e, o melhor de tudo, com meia dúzia de pessoas. Um sossego, um segredo português aparentemente (ainda) bem guardado. O Pestana Porto Santo, onde ficámos, é um all inclusive de 5* que se revelou uma boa surpresa em termos da simpatia do staff. As instalações do resort também eram muito boas, e o sistema all inclusive é realmente um descanso. Durante uma semana não pegámos praticamente na carteira, a não ser quando fomos à vila Baleira. Ainda não descarreguei as fotos, mas depois vou partilhar as mais giras, com paisagens de cortar a respiração.
A Margarida portou-se lindamente, adorou tudo, a praia, a piscina, os passeios e o sotaque madeirense - que quase me fez ter vontade de recorrer a um intérprete, sobretudo quando falavam mais depressa. E depois ter de fingir que percebemos tudo, para não sermos indelicados, e abanar a cabeça com um "Pois... Aham...", e não saber o que responder, porque não percebemos o que disseram. Ainda nos fartámos de rir algumas vezes à conta disso.
Como se não bastasse, a Margarida ainda trouxe com ela um souvenir madeirense: os dois dentinhos da frente. Tanto tempo sem dentinhos, e agora vieram logo dois ao mesmo tempo. Mas quase nem dávamos por isso, já que ela não se queixou absolutamente nada, ao contrário da maioria dos bebés. Nem febre, nem birrinhas, nem noites mal dormidas, nada. A única coisa que pode ter sido um sintoma dos dentes foi não ter querido comer a sopa toda duas vezes enquanto lá estivemos, coisa que nunca tinha acontecido. Quanto à fruta, marchava toda, e mais houvesse. Quando os dentinhos estão para sair, normalmente só querem coisas frias, e as quentes evitam... Mas fora isso, nada de nada. Minha rica filha. Só pode mesmo ser a reencarnação da Madre Teresa de Calcutá.
Já se abordou o tema "tenho de marcar aqui X dias de férias até final de março". É sempre bom este prenúncio do bom tempo e do laurear a pevide, parece que o verão chega mais depressa quando temos os planos para os dias de sol já definidos no calendário. Aliás, hoje parece que já temos um cheirinho de primavera, e amanhã e sexta feira as previsões da temperatura chegam aos 21º. Abri as janelas todas da casa (menos as da sala, onde a Margarida fica durante o dia) para deixar entrar o ar ameno e renovar as energias. Depois de não sei quantos dias de chuva, em que nem uma fresta se podia abrir sem morrer de frio com as humidades, agora sabe bem ter de volta a luz dos dias primaveris! E a quem vai saber melhor vai ser mesmo à bebecas mai linda, que finalmente pode sair à rua sem ter só o nariz de fora. À conta do frio e das correntes de ar, neste fim de semana fiquei doente como há muito tempo não ficava. Dores de garganta, tosse e nariz entupido. E ontem, quem haveria também de ficar de molho? A Margarida, claro. Felizmente não passou de narizito entupido e olhos brilhantes e hoje já está melhor - passou bem as duas noites e tudo, nem sequer chorou... Eu é que achei melhor acordá-la a meio da noite para lhe dar de mamar, porque percebi que por ter o nariz entupido e respirar só pela boca, tinha a garganta seca e alguma sede. Mas está bem disposta, dentro do possível - está bem melhor que eu, por acaso, que estive aqui em prantos com falta de ar. A questão da amamentação faz com que não possa tomar nada, e então a única coisa a fazer é mesmo aguentar. Paciência! Deve estar quase a dar de frosques, então com a melhoria do tempo penso que daqui a nada já estou fina. Ela é que vai à pediatra daqui a pouco - mesmo estando a controlar tudo (não tem febre, respira e come bem, não chora) e não me parecendo grave, fico mais descansada se ela for vista. É melhor prevenir do que remediar, e nisto dos bebés não se pode arriscar. É tudo ainda muito novo e não me sinto à vontade para avaliar estas situações sozinha, por mais triviais que possam ser. Fiquei super preocupada com ela quando percebi que lhe tinha pegado o bicho, e nem sequer foi nada de especial. Só pensava em como me hei de sentir um dia que ela fique doente a sério... nem imagino o filme.
(Tardou, mas não falhou. O segundo post de Cabo Verde, finalmente.)
Depois da introdução, faltavam as fotos mais giras da Ilha do Sal. Esta ilha está bastante mais orientada para o turismo do que a ilha de Santiago, mas ainda assim a oferta de hotéis e restaurantes que apresenta não explora ainda todo o potencial daquele recanto paradisíaco. E ainda bem, porque afinal é por isso que se consegue descansar e ter o sossego merecido numa ilha cheia de praias desertas e autênticas maravilhas da natureza. Desde a Tailândia que não mergulhava em águas tão cristalinas e quentes, com a vantagem de mesmo a praia mais famosa (a de Santa Maria) nunca estar cheia ao ponto de perder o encanto e nos fazer querer fugir a sete pés. Na Taiândia felizmente também tivemos a sorte de estar em praias bastante sossegadas, já que eram privadas, mas por exemplo, nas Ilhas Phi Phi a desolação foi total: eram tantos os barcos atracados na praia e os turistas, que sinceramente fiquei desiludida com o cenário, que me tinha parecido qualquer coisa de surreal nas fotos que tinhamos visto antes e que dada a confusão estava beeeeem longe disso. Mas em Cabo Verde é incrível como nos sentimos esquecidos pelo resto do mundo, como se fosse um segredo bem guardado que ainda não foi invadido pela mão humana e pelo progresso. É realmente um lugar mágico.
Espargos
Mercado de Espargos
Cais de Palmeira
A caminho da dita
A espreitar o Odjo Azul
Odjo Azul
A Buracona
Paisagens desertas de cortar a respiração
África minha!
Hora de almoço no colégio em Espargos
Pedra de Lume
(continua)
... já estamos de volta a terras lusas! Fora alguns sobressaltos (não esquecer que estavamos em África), correu tudo bem e chegámos todos sãos e salvos. A minha rica filha portou-se lindamente, mesmo tendo andado aos solavancos dentro de carrinhas e jipes 4x4, e até mudou de posição, acho eu - houve dias em que só tive de ir à casa de banho 15 vezes, em vez das habituais 34, porque ela se deve ter esparramado noutro sítio que não a minha bexiga. Isso ajudou, sobretudo quando andámos no meio de nenhures e o único WC disponível distava 50 quilómetros. Nada que não se resolvesse atrás de umas silvas, que isto quando uma pessoa tem de ir, tem de ir, mas felizmente só tive de recorrer a esse plano B uma única vez.
Tirámos 1953 fotos lindas de morrer, e vou ter de partilhar aqui as mais bonitas assim que as descarregar para o computador. Em 1849 delas a minha barriga aparece em destaque, claro, que daqui a uns anitos a minha filha tem de ter provas para ver por onde andou enquanto ainda não tinha de sentir aquele calor húmido e o sol abrasador, que mesmo quando se esconde continua a dar afrontamentos. É África, não é preciso dizer mais nada.
Vou contar os episódios mais hilariantes e também os mais insólitos, e dar umas dicas para quem está a pensar ir a Cabo Verde nos próximos tempos. Gostei, recomendo, mas há sempre aqueles "senãos" que convém saber, para uma pessoa ir já prevenida.
Esta semana vai ser atarefada com coisas que ficaram pendentes e com dois aniversários: o meu, já amanhã, e o do sobrinho J.A, na sexta-feira. Mas aos poucos vou tentando colocar aqui os posts com o emocionante relato da "viage".