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Podia ser em papel. Mas não era a mesma coisa.
Estamos quase quase na fase das sopas e das papas! Confesso que tenho algum receio de não conseguir amanhar-me com esta novidade, porque cozinhar para bebés não tem nada a ver com o que é para adultos. Tudo o que é para nós é sempre feito um bocado "a olho", já se sabe (é assim que gosto de cozinhar e é por isso mesmo que detesto fazer doces! Nada sai bem se não for ao milímetro...). Como para ela as quantidades serão mínimas, é importante seguir à risca as receitas e não inventar, e como sei que vou ter imensas dúvidas é sempre bom ter toda a ajuda... Este é o mais recente de Christine Bailey, 100 Receitas para Bebés, da Arte Plural Edições. A autora é nutricionista e elaborou uma série de receitas equilibradas e saudáveis para os bebés dos seis aos doze meses. O livro é de fácil e rápida consulta e tem imensas dicas sobre como tirar melhor partido do potencial nutritivo de cada alimento, com instruções precisas sobre como os cozinhar de forma a que nada se perca! Acho que lhe vou dar muito e bom uso!
100 Receitas para Bebés, de Christine Bailey, Arte Plural Edições (12,20€). Disponível nas livrarias desde 11 de abril.
Já há alguns meses que o entusiasmo e a inspiração no que toca aos tachos e panelas me falta. Passei de ser uma autêntica mini Gordon Ramsay, praticamente todos os dias a inventar receitas e a procurar ideias novas para petiscos, para alguém que não tem muita pachorra para pensar sequer na lista de compras da semana. Não sei explicar porquê. Dizia-me uma amiga no outro dia, enquanto me queixava disto mesmo com tristeza, que poderia ser da gravidez. Que uma pessoa fica doida e que muda os gostos e as apetências. Que há-de passar e que o mini chef em mim vai voltar a ser o que era. Poderá ter alguma razão, já que a falta de inspiração começou precisamente no primeiro trimestre, com os enjoos, em que bastava pensar apenas que tinha de fazer o jantar e o vómito já dava ares de sua graça. Cheguei a ter de cozinhar com panos da loiça (lavadinhos de fresco, para cheirarem a detergente) atados à cabeça a taparem o nariz e a boca, só os olhos de fora, qual mix entre talibã e assaltante de banco. No restaurante, por várias vezes, tive náuseas sentada à mesa porque determinado ingrediente no prato que me serviam, algo que antes comia com satisfação, me parecia agora terrivelmente nojento. Um sofrimento para quem, dantes, adorava cozinhar e, sobretudo, a parte que vem a seguir: comer. E talvez esteja precisamente aí o cerne da questão. É que, tirando meia dúzia de pratos, já nada me seduz muito em termos de comida. Como doses pequenas e mais ricas em termos nutricionais - daí ter perdido algum peso e estar hoje, às 23 semanas de gestação, com menos do que tinha às 6, para deleite do Dr. Amado. Continuo a não ser muito fã de vegetais e saladas, mas gosto de legumes salteados e adoro sopas. A fruta e os chás frios também me sabem pela vida. Mas a hora da refeição já não tem o mesmo sabor e encanto, não senhor.
Enfim, ontem decidi que tinha de folhear alguns dos livrinhos que para aqui andam e tentar chamar de novo o entusiasmo pela cozinha. Já tenho algumas ideias novas e receitas que quero experimentar, e já sinto aquele "bichinho" a querer voltar para onde nunca deveria ter saído. Será que vai resultar?